DIA DOS PROFESSORES – 15 de Outubro
(Dia também consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila)
Por
amor às minhas professoras e professores do primeiro, segundo e terceiro graus,
aglutinei este conteúdo como mostra de minha admiração e incentivo a cada um
deles – jovem, maduro ou já aposentado, e da mesma maneira, homenageio os de
hoje.. Àqueles que entregam o que há de mais “precioso” na atualidade: seu
tempo. Um tempo que nenhum profissional liberal ou de outra área dedica (não do
mesmo modo!). No caso destes, o nosso, vamos para casa e pronto! O patrão e as
tarefas ficam para trás, quando batemos o ponto…
Não
sou professora, mas acompanhei-as como jornalista, e conheço de perto a
profissão no ensino médio e superior. Meu marido é professor universitário.
1. O “tempo” dos professores é de
“dedicação integral”. Uma parte dessa entrega extremada, ainda que, por vezes,
sem que tenham noção se dá pela vocação, pela constituição do que é ser
responsável pelo futuro de uma criança, de um jovem e até de gente madura na
“selva” do mundo… Outro aspecto desta entrega total de seu “tempo” é que, por
viverem em um país injusto – que vem abdicando, passo-a-passo de ser uma Nação,
é que a injustiça, o desrespeito, a indiferença pelas suas pessoas, desde –
alunos, pais, diretores, administradores e governantes – deste país é algo que
vai além da lógica. Parece-me que este quadro de decadência (ou deterioração) é
gerado propositalmente, o que seria perverso, mas não espantoso, já que vivemos
uma época de lucro a qualquer custo… Ou seja, professores, professoras
sobrecarregados e desvalorizados em seu poder aquisitivo leem menos (porque não
podem adquirir livros com tranquilidade, e com isto, não conseguem elabora a
cultura nacional, do passado e do presente. Isto, por sua vez, os levaria a
interagir espontaneamente com o corpo discente. Por esta razão há o marasmo e
até mesmo, desrespeito dos alunos pelos seus professores. Uma questão: que tipo
de educação seus alunos recebem em casa? Assim, por enfrentarem diariamente
este quadro lamentável, voltam para casa esgotados, mas, graças a Deus,
não desesperados, como seria de se esperar diante da atual realidade
educacional brasileira… Pelo contrário, agem como se fossem de “ferro”, e é por
por esta razão que os jornais falam do adoecimento dos professores. Não é para
menos: todos temos limites… Preparam as aulas entre os turnos (dão aulas em
duas escolas, em sua maioria), e enfrentam alunos em geral, inquietos,
incapazes de concentração. Não têm qualquer deficiência, e sim, desinteresse
por tudo que não se movimente em uma tela… Ao chegarem em suas famílias devem
ser pais, mães, ou seja, educadores de seus filhos. Lembremos: estão esgotados…
Acredito que uma força do Alto lhes sobrevém e tudo se dá a contento. É quase
sobrehumano. Tenho uma cunhada professora. Eles a esgotam, e estão nas séries
iniciais! Nada os detém… Meu Deus! Para mim, professores que amam o ensino e se
preocupam com seus educandos têm uma bênção especial do Criador, que também é
“Pai-Educador”… Sua tarefa, em qualquer nível, se são educadores de fato, é
hercúlea…
2. Precisamos refletir e, mais que
isto, buscar meios que transformem a realidade destas pessoas maravilhosas
(quando dedicadas – e a maioria o é). Por quê? Simplesmente porque elas
“gestam” o futuro de nossos filhos, sobrinhos e netos… Mesmo com tanto
sacrifício e pouquíssimo reconhecimento por sua magnânima função social pelos
governantes e legisladores (e aqui também entram boa parte dos pais e dos
próprios alunos), ainda assim, por preocupação levam para casa a problemática
do aluno, da aluna, em geral, envolvidos direta ou indiretamente com drogas;
alguns já à beira da prostituição, além do quadro de alcoolismo na família.
Adoecem porque sabem que não podem dar conta de cada caso…
- Se estamos no fundo poço, apesar de toda alta tecnologia educacional, não podemos colocar sobre os ombros dos professores nossa irresponsabilidade ou indiferença.
Comentários
Postar um comentário